ABSTRACT
Fazer ou näo todos os campos por dia, ou alterar o fracionamento "tradicional", como, por exemplo, com hiperfracionamento, trazem à tona o velho desejo de tentar relacionar, matematicamente, os fatores ligados ao fracionamento e que mudam a resposta biológica, como número de fraçöes, intervalo entre as fraçöes, tempo de tratamento e doses. A primeira fórmula popular, nesse sentido, foi aquela envolvendo o conceito de NSD e as tabelas de TDF. Ultimamente, as curvas de fraçäo de sobrevida de células de mamíferos expostas à radiaçäo ionizante têm sido representadas matematicamente por um modelo chamado linear-quadrático, porque envolve duas variáveis: ß, que descreve o componente quadrático da morte celular. A experiência clínica e de laboratório tem mostrado que os tecidos normais näo respondem de forma igual à irradiaçäo fracionada. Há nítida diferença entre tecidos que respondem de forma precoce ("acute responding tissues"), como pele, mucosas e o epitélio intestinal, e aqueles que respondem de forma tardia ("late responding tissues"), como a medula nervosa. A fórmula linear quadrática mistura esses conceitos. Este artigo discute os aspectos radiobiológicos envolvendo a teoria da fórmula linear quadrática, mostra uma forma fácil de sua utilizaçäo e compara dados práticos obtidos com a fórmula linear quadrática com as tabelas de TDF